terça-feira, 29 de novembro de 2011

Era uma vez ...

Sueide Kintê, Raimunda Oliveira
Tudo começou na reunião da foto acima. Estávamos eu (Sueide Kintê) e Iaracira Nascimento representando a organização do evento, já Raimunda Oliveira, Lígia Margarida e Edna Pinho falavam em nome do Movimento de Mulheres do Subúrbio – MMS. Convocamos esta conversa com intenção de ouvir delas sugestões de participantes para uma oficina de audiovisual que realizaríamos no bairro de Paripe, e, que teria como resultado final a construção de três matérias de TV. Mas, foi nessa conversa que descobrimos que nossa proposta de ação não contemplava a expectativa dessas mulheres no que tange o tema comunicação. A partir dali, o que era apenas uma oficina de TV passou a ser uma ação maior, dessa vez com quatro oficinas (Web, Tv, Rádio e Impresso). Aumentou também o número de pessoas beneficiadas - de 30 passamos para 70 mulheres. Foi desse jeito que o projeto Coisas do Gênero se transformou na Iº Jornada de Comunicação de Mulheres do Subúrbio. Foi bom termos nos reunido antes de pôr a mão na massa, porque ali entendemos que mais interessante do que fazer vídeos para aquelas mulheres era propiciar um ambiente descontraído e educativo para que as mesmas pudessem falar de si em diversificadas peças midiáticas. Naquele dia elas fizeram diversas sugestões, uma delas indicava que o tema da atividade mudasse de Direitos Humanos para Autonomia Feminina, e que, como resultado dessa formação, nós construíssemos um Plano de Comunicação com o objetivo de dar visibilidade às bandeiras do MMS em 2012. Elas pediram.  Nós fizemos! O resultado você pode conferir nos posts abaixo. Agora, senta que lá vem a história... 
Raimunda Oliveira
"Queremos dar mais visibilidade às coisas que já fazemos no dia-a-dia criando um plano de comunicação para fazer mídias que falem de nossa militância."           
                       Raimunda Oliveira (Líder do Fórum de Entidades do Subúrbio)


Lígia Margarida
 pouco tempo escrevemos uma carta em repúdio à forma que nós mulheres do Subúrbio fomos tratada na Conferência Municipal de Mulheres e essa simples carta na web provocou uma repercussão bem grande. Nós queremos aprender a fazer melhor ações como essas."
Lígia Margarida (Psicóloga e educadora da ONG Renascer do bairro de Periperi)

Era assim e ficou assado ;-)


Para pôr em prática as sugestões do MMS e conseguir fazer todas as mudanças pedagógicas e operacionais propostas nós formamos uma equipe de 6 pessoas composta por 4 mulheres do MMS, e 2 da organização do evento. Foi essa equipe que cuidou de tudo – redefinição da programação, escolha do espaço, mobilização das participantes, convocação, contratação de serviços, e, finalmente avaliação. Depois das revelações daquela reunião que você acompanhou no post acima não restou alternativa a não ser reestruturar a programação do projeto, logo o que era assim:

O Dilema do Nome

Depois de mudar a programação e a metodologia do projeto chegou a hora de quebrar a cabeça pensando na melhor frase para o nosso cartaz de divulgação. Então, depois de uma tarde ouvindo diversas sugestões decidimos aproveitar um trecho do poema  predileto de nossa produtora Iaracira Nascimento. Ele começa assim: "Essa mulher não é surda, não é muda, sabe o que quer. Finca o pé". É um poema com frases fortes, que inclusive, ela recita muito bem. Quando essa ideia chegou a aceitação do grupo foi unânime - Sim! - mas, na hora de colocar a autoria da frase que se apresentou o problema: nenhuma de nós sabia quem  era o/a autor/a da poesia para pôr os créditos na peça. Bom, o texto era tão cabal que decidimos utilizá-lo na campanha de divulgação mesmo correndo o risco de violar "direitos autorais". Ok, nós somos contra "Direitos Autorais" nesses casos. Afinal nós não fizemos uso comercial do poema rss :P ... Continuando, nós decidimos aproveitar apenas as das duas primeiras frases do poema e acrescentar depois delas o seguinte texto: "Bota a boca no mundo!" Pronto! Assim nasceu uma pequena convocação que falava muito sobre nós. Aí aproveitamos a bonequinha da marca Coisas do Gênero: E, thanrã:















segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Eis que chegou o tão esperado dia...





30 de Outubro de 2011, hora de pôr em prática todas as ideias do papel - friozinho na barriga, muita expectativa, e, principalmente um grande desejo de ver o projeto dar certo. Mesmo com tudo checado a gente sempre fica alerta com medo que alguma coisa d errada aconteça não é verdade? Bom, enquanto nós estávamos no Largo do Tanque aguardando o Buzú Abarca Flores a mulherada já nos esperava em pontos marcados lá na Avenida Suburbana. O grupo de sambadores do Engenho Velho já tinha chegado, a equipe de instrutores já estava lá, mas, mesmo assim meu coraçãozinho continuava apertado. É só ver minha cara de apreensiva nessa foto ao lado. Enquanto o ônibus não chegava Samadar e Iaracira aquecia o gogó junto com o Grupo de Samabadores Najé do Engenho:

Preparar, apontar, fogo!


Nós achamos que o ônibus iria razoavelmente vazio, mas, a cada ponto subiam as mulheres, seus filhos e algumas levaram até o marido para cuidar das crianças enquanto elas estavam nas discussões. Olha no que deu:
Mas, não podemos negar que os deuses dos céus foram bastante generosos conosco naquele dia maravilhoso sol que se abriu depois de um chuvisco de leve sobre as praias da Base Naval. E lá fomos nós, aproximadamente 80 mulheres, entre donas de casa, empregadas domésticas e estudantes, todas reunidas por uma única causa: fazer das mídias uma arma a favor da luta pela garantia dos direitos.
Quando pensamos a programação do dia a gente quis garantir diversos momentos de integração e descontração para que os resultados práticos fossem o mais criativo possível. Alugamos uma casa de frente para o mar, com piscina e área verde e enfeitamos o espaço com fotografias do Subúrbio e balões lilás:
E fizemos aquecimento com pés descalços na grama:

Você está sendo convidado/a para entrar para experimentar um pouco do que nós vivemos naquele dia 30 de Outubro de 2011. Foi uma experiência única. Não para de ler não.

Oficina de Web

Na oficina de blog as participantes decidiram produzir além deste site, duas peças publicitárias com textos e fotografia de coisas e gestos que pudessem expressar a luta das mulheres por Autonomia. Na turma tinha mulheres de todas as idades, a maioria delas nunca tinha criado páginas na web, mas, mexer com uma ferramenta nova motivou ainda mais a mulherada. Depois de discutir em grupo qual seria o lema da campanha as alunas forraram a parede da sala com papel metro e com uma máquina comum produziram as fotos da peça. Elas recortaram a fotografia no programa de desenho, pensaram na frase e criaram a campanha. Veja abaixo como foi o processo para criar as peças.

Depois desse ensaio improvisado numa das salas da casa veja abaixo as fotos que originaram a 2º peça. 
Além desse blog que você lê agora esses foram os grandes resultados da oficina de WEB. Bem, como a maioria das discussões circundou em torno do tema Liberdade Doméstica e a Violência contra as Mulheres, às alunas produziram peças com esse clima, assim como vocês puderam ver acima, e, ainda verão conhecendo as demais oficinas. É só seguir em frente e adentra conosco no universo do rádio.

Oficina de Rádio

Na Oficina de Rádio a ideia era produzir um SPOT para ser também postado no blog. Para tanto as participantes fizeram uma roda de conversa onde a instrutora Layane e o instrutoor Bolhosa incentivaram as participantes a criar um Haikai com o tema do evento. O resultado dessa vivência poética radiofônica você pode ouvir logo abaixo:

                          
A história continua logo abaixo ...

Oficina de TV

Chegamos à oficina de vídeo e lá a ideia era falar de todos os problemas que as mulheres do Subúrbio vivenciavam no dia a dia ao tentar exercer o direito de autonomia em suas próprias vidas. O resultado da conversa deu origem a esse vídeo abaixo:


domingo, 30 de outubro de 2011

Oficina de Impresso

Produzir uma peça publicitária baseada no tema AUTONOMIA essa era a missão da turma da oficina de impresso coordenada por Renata Soutoomaior e Ana Paula Rodriguez. Só isso! Mas, vocês sabem como são as mulheres: não se contentam em ficar só no básico - superar sempre as expectativas: é disso que elas gostam. Pois bem, vejam abaixo o resultado dessa virtuosa característica feminina.
Aqui as meninas estão produzindo as fotos das peças:
Aqui vocês podem ver o resultado de toda a produção:

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Conversando a gente se entende


Durante toda manhã as discussões se concentraram nas oficinas, mas, foi à tarde que o debate esquentou. Numa grande roda de diálogos as mulheres trocaram ideias sobre o papel estratégico das redes sociais, o conteúdo da programação da TV, o papel formador das campanhas publicitárias e da internet, entre outros assuntos relacionados à mídia. No final da tarde a gente tinha construído em conjunto o esqueleto de um Plano de Comunicação para como estava previsto nos objetivos da atividade. Foi assim que o grupo planejou de que forma pretende caminhar em 2012. Veja abaixo. Depois de um dia inteirinho de trabalho o recompensante descanso ao som do grupo de partido Alto do Bom Juá.
E agora me despeço, mas, não estou esquecida de agradecer imensamente ao grupo Najé do Engenho que pela manhã aqueceu nossos corações para a mulherada começasse o dia bem disposta – Valeu Lory, a gente é de mar e de guerra! Querido leitor/a a minha descrição fica por aqui. A Iº Jornada de Comunicação do Movimento de Mulheres do Subúrbio foi inesquecível.
É conversando que a gente se entende. Comunicação se faz com PESSOAS.